segunda-feira, 19 de março de 2007

Observatorio da imprensa - Jornalista sequestrado









Divulgado vídeo de italiano seqüestrado



O jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo, seqüestrado no Afeganistão na semana passada, apareceu em um vídeo pedindo que o primeiro-ministro Romano Prodi se esforce por sua soltura, informa a Associated Press [14/3/07]. Segundo o diário La Repubblica, onde trabalha Mastrogiacomo, as autoridades italianas receberam do grupo humanitário Emergency, que atua no Afeganistão, uma gravação onde o jornalista aparece sozinho, com seus ombros e a parte de trás da cabeça cobertos por uma espécie de xale ou lenço.

O repórter diz a data da gravação – "segunda, 12 de março" – e completa: "como vocês podem ver, estou em boas condições física, mais ou menos, e... como vocês podem ver, sob guarda [...] Eles me prenderam porque eu estava em território Talibã". Mastrogiacomo diz ainda, com voz calma e clara, que junto com ele foram pegos dois colegas afegãos. "Eu apelo ao governo, e à sensibilidade do premiê Romano Prodi, para que ele faça o possível... para conseguir nossa libertação", afirma o jornalista.

Ninguém mais aparece na gravação, mas em determinado momento Mastrogiacomo vira para o lado para ouvir alguém. Depois, como se tivesse sido lembrado, fala sobre a mulher e seus filhos. "Eu acho que vão me soltar logo. Sejam pacientes", diz. O vídeo foi exibido na TV italiana.

Determinação

O gabinete do primeiro-ministro divulgou declaração onde afirma que o governo está "unido e determinado a trabalhar pela liberdade do jornalista o mais rápido possível". Prodi, segundo a AP, teria se encontrado com os ministros italianos das Relações Exteriores e da Defesa para conversar sobre o vídeo.

Insurgentes do Talibã alegam ter seqüestrado Mastrogiacomo, junto com dois assistentes afegãos que viajavam com ele, na província de Helmand, em 5/3. No domingo (11/3), Prodi havia dito que a Itália estava acompanhando "minuto a minuto" o caso do seqüestro do jornalista, mas que a missão militar no Afeganistão continuaria inalterada. Na semana passada, um líder do Talibã chegou a pedir a retirada das tropas italianas do país em troca do refém. Hoje, há cerca de 1.800 soldados no Afeganistão.



Bom gente,
Esse é um tema preocupante. Os jornalistas sõo vítimas do terrorismo em pleno trabalho, é uma verdadeira profissão de risco.
Em muitos casos ele são mortos ou torturados de formas horríveis, sem poder fazer nada, sem defesa.
Os vídeos mostram a situação em que eles são obrigados a viver por vários dias ali, e são a unica maneira que os sequestrados tem de falar com a família, de se despedir na maioria das vezes.
Os governates podiam temer pela vida desses trabalhadores que são a maneira que os terroristas tem de chamar a atençao deles, e atenderem aos pedidos, que nesse caso é a retirada das tropas italianas das terras deles.
Os aliados dos EUA acabam se prejudicando, ou prejudicando aos seus cidadãos de bem.
É preciso dar um basta nesse terrorismo! É preciso deixar que esses trabalhadores possam fazer seu serviço em PAZ!

Um comentário:

Marcela Pena disse...

É muito triste ver alguém passar por uma situação como essa, ficar nas mãos de terroristas, para poder exercer sua profissão. Temos que dar muito valor a estes profissionais, que lutam todos os dias para passar uma notícia e transmitir sua mensagem para o mundo, pois o risco que correm é muito alto.
Bjs